É um processo degenerativo da conjuntiva que pode se estender até a córnea, causando distorção da visão e é também conhecido como “carne no olho” . Na maioria dos casos aparece no canto interno do olho (nasal) e, em raras ocasiões, no lado temporal.

CAUSAS

A causa do pterígeo ainda é desconhecida. A teoria mais aceita é a de que o pterígio seja causado pela exposição à luz solar. Os habitantes dos climas tropicais têm maior propensão a desenvolver essa doença, assim como uma grande tendência à recidiva. Observa-se também uma tendência familiar muito importante, podendo haver uma prevalência maior de doenças nos membros da mesma família.

Sinais e Sintomas
O paciente geralmente queixa-se de sensação de corpo estranho, ardor ocular e olho vermelho (hiperemia conjuntival).
Pode haver sinais de conjuntivite crônica, espessamento da conjuntiva e sintomas de conjuntivite moderada. O diagnóstico é feito através do exame Biomicroscópico.

TRATAMENTO

Atualmente, a maioria dos cirurgiões executa a cirurgia de pterígeo com autoenxerto conjuntival devido ao reduzido risco de recorrência. Nesta técnica, primeiramente o pterígeo é removido e a córnea torna ganhar transparência. Em seguida, a área de esclera de onde o pterígeo foi extraído é preenchida com o transplante de um tecido de conjuntiva retirado da região subpalpebral do mesmo olho. O transplante é mantido no lugar com auxílio de pequenos pontos que podem se dissolver após alguns dias ou serem removidos pelo seu oftalmologista. Embora este procedimento requeira maior abilidade cirúrgica que o tradicional, o autotransplante previne um novo crescimento do pterígeo graças ao preenchimento, por um tecido saudável, do espaço onde o pterígeo poderia surgir outra vez.

Entretanto, após a cirurgia de autotransplante, os pontos no olho podem causar desconforto. Assim, a procura por uma recuperação mais rápida e indolor levou os cirurgiões a desenvolverem a cirurgia de pterígeo com autotransplante e sem pontos. A cirurgia sem pontos tornou-se possível graças ao uso da moderna cola biológica, composta de proteínas coagulantes normalmente encontradas no sangue humano, denominada fibrogênio ou trombina. A cola biológica permite ao cirurgião colar o enxerto conjuntival em fração de minutos. Após cerca de uma semana, o tecido adesivo se dissolve sem deixar resíduos, permitindo que o olho cicatrize confortavelmente.